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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Margareth do Rosário " Novo albúm "

A cantora Margareth do Rosário procede sábado, na portaria do Cine Atlântico, em Luanda, ao lançamento do seu mais recente trabalho discográfico intitulado "Em Nova Dimensão".
Em declarações à Angop, a autora de "Amor Profundo", "Traga a minha vida", "No areal do semba", entre outros sucessos da sua carreira artística, iniciada nos finais de 1990 no grupo Melo Manias, adiantou tratar-se de um disco onde procura abordar factos reais do dia-a-dia dos angolanos.
"É um disco com mensagens muito profundas e no qual procuro realçar as malambas (cenas) do quotidiano nacional. É uma forma de mostrar que estamos todos no mesmo barco e prontos a dar o nosso contributo na luta pelo desenvolvimento do país", disse Margareth do Rosário.
Semba, zouk, kizomba, coladera e morna são os ritmos ou estilos incluídos nos temas deste novo disco da cantora, que sai a público sob a chancela da editora "Nossa Música".
Com 13 temas cantados em kikongo, umbundo, kimbundo, português e crioulo, o disco levou dois anos a ser preparado e trabalhado, devido, de acordo com ela, ao facto de na altura se ter concentrado mais na família.
"Tive que priorizar a família, porque na altura em que comecei a preparar este disco, tive o meu primeiro filho e então decidi-me em dar maior atenção à família", avançou.
A pré-produção deste trabalho discográfico de Margareth do Rosário ocorreu em Luanda pelas mãos dos DJ Chico Vieigas e Manya, enquanto a finalização de captação, mistura e masterização teve lugar no Cervantes Estúdio, em Lisboa, Portugal.
A parte instrumental foi da responsabilidade de Joana Moser e Pirica Duia (viola e violão), Moreira Filho, Betinho Feijó, Tino MC, Pedrito, Armando Garcia, H.Perez, L.Mejias, Ciro Bertini, Rolando, Cajon Peruano, Wiza Nkende e Jorge Cervantes (guitarra baixo, contra baixo, ritmo, semi e acústico, guia de cordas).
A confecção instrumental deste novo disco contou ainda com os préstimos de Lito Graça, Dalú Rogee, Joãozinho Morgado, Nanuto, Miqueias Ramos, entre outros instrumentistas nacionais e estrangeiros.
Em termos de voz, Margareth do Rosário contou com Waldemar Bastos e Rita Lobo, com quem fez duetos, Carla Moreno, Yura e Cachucha nos coros.
Neste disco, a artista que fez uma nova versão da música "Monami" da autoria de Lourdes Van-Dúnem e outras de Belita Palma e Rosita Palma, incorporou temas cujas letras foram escritas por Matias Damásio, Lulas da Paixão, Wiza, Jorge Cervantes, Chico Viegas, entre outros.
Natural de Luanda, Margareth do Rosário deu o salto na música angolana no programa da Televisão Pública de Angola (TPA), "Gala à Sexta-feira", que visava a descoberta de novos talentos da música.
Daí por diante foi só dar sequência a uma fase consolidada no grupo Melo Manias na companhia de Yola Araújo, Djamila D'Alves e Nazarina Semedo.
O seu primeiro disco é “Love One”, tendo editado em 2003 o segundo intitulado "Amor Profundo".

Matias Damásio " Nove Mil Cópias "

O músico angolano Matias Damásio vendeu na manhã de domingo passado, na portaria do Cine Atlântico, em Luanda, nove mil, das 10 mil cópias do seu novo cd, editado pela MG Produções.
A sessão de venda que iniciou às 8 horas foi interrompida por duas vezes face ao esgotamento parcial das unidades trazidas ao local e da euforia do público, o que originou a intervenção da Polícia Nacional.
Mais de 500 pessoas continuavam a espera na portaria do Atlântico, quando a produção do artista anunciou o esgotamento das cópias.
As mil cópias restantes serão distribuídas as casas de vendas de discos.
Com 12 temas "Amor e festa na lixeira" tem como destaques as canções "A outra", "Sempre Maria " e "Esperança".

OBS: Brevemente aqui Download de alguns sons de Matias Damásio.

Conselho de Ministros " Primeira Sessão "

O Conselho de Ministros aprovou segunda-feira, na sua primeira sessão extraordinária, o diploma que estabelece a orgânica do Governo, fixa a sua composição e funcionamento, a forma de deliberação e as competências do Presidente da República, enquanto Chefe do Governo, e do primeiro-ministro, como seu coadjutor na coordenação e condução do Executivo. O diploma legal, aprovado em sessão orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, estabelece como sectores de governação os ministérios da Defesa Nacional, Interior, Relações Exteriores, Economia, Administração do Território, Administração Pública, Emprego e Segurança Social, Justiça, Planeamento, Finanças, Comércio, Hotelaria e Turismo e Agricultura. Ainda os sectores das Pescas, Indústria, Petróleos, Geologia e Minas, Ambiente, Ciência e Tecnologia, Urbanismo e Habitação, Obras Públicas, Transportes, Energia, Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Saúde, Educação, Cultura, Assistência e Reinserção Social, Família e Promoção da Mulher, Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra, Juventude e Desportos, Comunicação Social, e as secretarias de Estado para o Desenvolvimento Rural, Ensino Superior e das Águas. Esta primeira reunião do executivo aprovou o Regimento da Comissão Permanente do Conselho de Ministros, como órgão de apoio à condução da actuação política e estratégica do Governo, funcionando no intervalo das sessões do órgão colegial. O regimento estabelece que a equipa económica da Comissão Permanente do Conselho de Ministros é um órgão técnico de apoio ao Chefe do Governo e de assistência directa ao funcionamento da Comissão Permanente do Conselho de Ministros. Coordenada pelo ministro da Economia, Manuel Nunes Júnior, a equipa económica integra os ministros do Planeamento, Ana Dias Lourenço, das Finanças, Severim de Morais, da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, Pitra Neto, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Amadeu Maurício, além dos assessores económicos do Presidente da República e do primeiro-ministro. Na reunião de hoje, o Governo instruiu sobre a elaboração do Plano Nacional, para o quadriénio 2009-2013, do Programa do Governo para 2009 e do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o mesmo ano.

Governo " Fogos Habitacionais "

O governo angolano propõe-se investir 50 mil milhões de dólares, nos próximos quatro anos, na construção de cerca de um milhão de fogos habitacionais, em todo país, no quadro da reestruturação das cidades, anunciou segunda-feira, em Luanda, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
O chefe de Estado discursava no acto central comemorativo do Dia Mundial do Habitat, este ano assinalado em Luanda, sob o lema "Cidades Harmoniosas", por indicação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Considerando a cifra, advogou que "não será um desafio fácil", mas o governo trabalha para oferecer habitação condigna aos cidadãos, conforme respondeu ao repto proposto pela secretária-geral adjunta das Nações Unidas, Anna Tibaijuka.
O estadista esclareceu que está em implementação um programa executivo, para o período 2008/2012, cujo objectivo central é proporcionar melhor habitação para todos, progressivamente, num ambiente cada vez mais saudável.
Neste sentido, adiantou que todas as áreas urbanas e suburbanas do país terão planos directores de desenvolvimento, visando a estruturação das cidades, de tal modo que satisfaçam as condições mínimas em termos de infra-estruturas e da procura da habitação.
Eduardo dos Santos disse estar em sintonia com as preocupações e a visão da ONU, que coloca aos países e organizações sociais a questão da habitação como necessidade básica do ser humano, fundamental para a construção de cidades e sociedades justas e democráticas.
Referiu que em Angola, como em quase todo mundo, o fenómeno da urbanização veio acompanhado de grandes problemas ambientais, tais como a produção de resíduos domésticos e industriais, a poluição, o aumento do consumo de energia e água, o surgimento de águas residuais, entre outros.
Para o Presidente, a adopção de uma política ambiental rigorosa e abrangente, para evitar ou minimizar os problemas, passaria, não apenas por legislar e sancionar, mas acima de tudo, educar, sensibilizar e formar consciências, dando conhecimentos aos cidadãos, empresários e a sociedade civil sobre as consequências que atitudes pouco reflectidas podem ter sobre o ambiente.
Disse ainda que tornou-se urgente e essencial promover a qualidade de vida nas cidades, através do desenvolvimento sustentado, que assente, fundamentalmente, no usufruto dos benefícios da natureza com a necessidade da sua preservação e no esclarecimento permanente sobre a forma de melhorar a relação entre o homem e o meio que o rodeia, com base na ética e no bom senso.
Revelou que o combate ao caos urbanísticos, instalado no país em consequência da prolongada guerra, está a ser feito através de modelos integradores (geográficos, económicos e ambientais), proibição da construção não autorizada, bem como de uma política que procura evitar assimetrias regionais e o abandono do interior.
José Eduardo dos Santos esclareceu ainda que as linhas de força traçadas orientam para uma cooperação activa entre a administração central e local do Estado, além do sector público e privado, com vista a execução de uma política que contribua para a geração de emprego, o desenvolvimento harmonioso dos centros urbanos, a eliminação da pobreza, da insegurança e das zonas degradadas e suburbanas.
Afirmou que na concretização dos objectivos propostos, em modelos integrados, intervêm capitais públicos e privados, já que estes"investidores (...) podem participar no desenvolvimento de espaços públicos de qualidade, na requalificação e revitalização dos centros urbanos, com inclusão social, bem como na valorização o território, em geral".
Enalteceu que o programa do Governo propõe-se desenvolver programas de apoio à elaboração de planos directores municipais,de ordenamento do território, definindo estratégias para a rede urbana, nas vertentes social e económica, sua interacção com os sectores agrícola, industrial, de logística, turismo e de infra-estruturas aeroportuárias, ferroviárias e outras.
Falou da humanização das cidades angolanas, através da criação de circuitos para peões e ciclovias, a maximização da utilização dos transportes públicos, como incentivo à diminuição da circulação automóvel nos centros de aglomerados urbanos, em especial nas áreas notáveis do ponto de vista histórico-cultural ou ambiental.
O Presidente da República disse esperar que na próxima vinda, a Luanda, da também directora executiva do Programa das Nações Unidas para os Assentamento Humanos, não volte a encontrar constrangimento com trânsito e "desfrute da beleza única da cidade que pretende inscrever-se, por mérito próprio, nos quadro de honra das cidade harmoniosas".
Estiveram na cerimónia os presidentes da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e do Tribunal Supremo, Cristiano André, assim como o primeiro-ministro, António Paulo Kassoma.
Estiveram igualmente presentes deputados, membros do governo e do corpo diplomático, entre outras individualidades estrangeiras, representantes de empresas de construção e do ramo imobiliário, de bancos, de associações sócio-profissionais e comunitárias.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Angola " 24 convocados ""

Os atletas Capoco e Machado, ambos do Recreativo do Libolo, são as novidades na lista dos 24 convocados para os trabalhos da selecção nacional em honras, que a partir de segunda-feira inicia a preparação para o jogo com o Níger, nas eliminatórias de acesso à fase de grupos do CAN e Mundial de 2010.

O novo técnico principal dos “Palancas Negras”, Mabi de Almeida, seleccionou o grupo, no qual destaca-se ainda o regresso de Manucho do Manchester Unite, visando o encontro de dia 12 deste mês, no Estádio dos Coqueiros, onde a equipa nacional vai tentar ultrapassar o adversário e esperar por um desaire do Uganda frente ao Benin, uma vez que angolanos e ugandeses ocupam a segunda posição da série com sete pontos, cada.

Eis a lista: Lamá, Yamba Acha, Santana, Job e Jamuana (Petro de Luanda); Loco e Love (1º de Agosto); Amaro e Vado (Benfica de Luanda); Capoco e Machado (Recreativo do Libolo); Jamba (ASA); Minguito (Interclube); Paz (Santos FC); Mateus e Marco Airosa (Nacional da Madeira de Portugal); Gilberto e Flávio (Al Alhy do Egipto); Kaly (Sion da Suíça), Dedé (Paços de Ferreira de Portugal); André Makanga (Kuweit Sporting Clube); Zé Kalanga (Dínamo de Bucareste) e Manucho Gonçalves do Manchester United da Inglaterra.

Angola disputa apenas a passagem à fase de grupo para o Mundial, embora as eliminatórias sejam conjuntas, pois já está apurada para o CAN, na qualidade de organizadora desta prova continental.

O Benin é o líder do grupo com 12 pontos, enquanto o Níger ocupa a última posição com três.
O Petro de Luanda reconfirmou a sua intenção de conquistar o título do Girabola-2008, ao golear ontem o Benfica do Lubango, por 4-0, em jogo da 23ª jornada do Campeonato Nacional de Futebol da Primeira Divisão, disputado no Estádio da Cidadela, na capital do país.
Depois de uma primeira parte em branco, onde os petrolíferos já evidenciavam o seu favoritismo, Mabiná inaugura a partida aos 48 minutos, na sequência de um cruzamento de Yamba Acha, sem hipóteses de defesa para o guarda-redes Jozimar.
Como resultado da sua maior determinação, o Petro ampliou a vantagem por Santana, aos 65, 73 e 88, numa tarde inspirada do avançado, “deitando por terra” a intenção do adversário huilano, que ainda tentava contrapor as pretensões da equipa da capital do país.
Com este triunfo, os comandados de Bernardino Pedroto distanciam-se na liderança da prova com 51 pontos, ao passo que o Benfica do Lubango, orientado por Alberto Cardeau, continua no último posto com 19.
Para a mesma ronda, o 1º de Agosto, perseguidor directo dos petrolíferos, deslocou-se, sábado, à província do Moxico e derrotou o Bravos do Maquis, por 3-1, somando 45 pontos.
A jornada encerra quarta-feira, com o encontro Petro do Huambo-Interclube, em virtude da formação da polícia ter disputado o jogo da Taça da Confederação Africana de Futebol (CAF) com Sfaxien da Tunísia (3-2).
O Interclube é o detentor do título nacional.

RNA " 33 anos "

A Rádio Nacional de Angola (RNA) tem em curso um plano de modernização técnica e tecnológica tendente a cobertura de todo o país, cujo objectivo é transportar as suas emissões ao maior número possível de cidadãos do território nacional. Em entrevista à Angop, em Luanda, à propósito do dia da RNA, assinalado ontem, o director-geral desta instituição de serviço público, Eduardo Magalhães, informou que para essa empreitada foram adquiridos e instalados meios técnicos de última geração, como estúdios, viaturas de reportagem e estúdio, viaturas de reportagem satélite, motos de reportagem, sistema de comunicação por satélite, entre outros meios. Adiantou que o programa incluiu ainda a aquisição de centrais técnicas de programas, servidores de estúdios e Internet, emissores de variadas potências, meios electrogeneos (geradores) e no plano da construção civil está em marcha e em fase adiantada a construção e reabilitação de infra-estruturas um pouco por todo país. "Essa empreitada, sob o ponto de vista da reengenharia dos processos internos, envolve as direcções dos serviços técnicos, de engenharia e infra-estruturas e a direcção nacional da rede de emissores é sempre acompanhada da respectiva formação quer nos países de origem dos equipamentos como on Job", afirmou o director Eduardo Magalhães. Segundo referiu, esta aposta, que permite o permanente crescimento da RNA, surge em cumprimento da estratégia do Governo, chefiado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, para o sector da Comunicação Social, sob a coordenação do Ministério da Comunicação Social. "As infra-estruturas modernas possibilitam hoje o uso generalizado das novas tecnologias e a extensão do sinal com qualidade a todo país". afirmou, indicando que os sistemas organizacionais compatíveis com os novos modelos de gestão justificam este crescimento exponencial da emissora nacional, calculado em 80 porcento nos últimos anos. "A RNA vinha desde muito tempo a trabalhar com um sistema analógico (as máquinas Studer nos estúdios, as Huers para as reportagens, as bobines), aspectos dos quais sentimos orgulho porque contribuíram para o desenvolvimento da Rádio Nacional, mas que já não correspondem com eficiência e eficácia com a dinâmica que o jornalismo radiofónico impõe nos nossos dias", referiu. Dai que, de acordo com a fonte, "existe um projecto em curso no qual a componente técnica tem merecido uma grande atenção". "Estamos a modernizar os nossos equipamentos, como a mudança do sistema analógico para o digital, sendo que 95 porcento das nossas emissoras provinciais estão informatizadas". "Esta modernização técnica e tecnológica está ser seguida da respectiva formação de pessoal, como forma de dotá-los de conhecimentos para trabalhar com os equipamentos de última geração", enfatizou. A Rádio Nacional de Angola que ontem completou 33 anos de existência emprega cerca de três mil e 200 trabalhadores distribuídos em 101 centros de trabalho em todo o território nacional, sendo 30 rádios provinciais, três regionais, 13 centros de produção radiofónica e os restantes são postos de transmissão e estações repetidoras. É uma empresa pública de grande dimensão, dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa de gestão e património próprio.

Premio Maboque " João Melo "

O jornalista e deputado João Melo é o grande vencedor do Prémio Maboque de Jornalismo. Para além do galardão, o vencedor recebeu das mãos do presidente do grupo César & Filhos, patrocinador do prémio, um cheque no valor de 70 mil dólares.
A Menção Honrosa foi atribuída aos jornalistas Tandala Francisco e Edson Santos.

Bembe " Desmente "

O ministro Sem Pasta, António Bento Bembe, desmentiu a existência de um conflito armado em Cabinda. Bento Bembe, que também preside ao Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD), reagia assim à entrevista à Lusa do deputado da UNITA, Raul Danda, que afirmou haver uma guerrilha activa no enclave e que “há gente que mata e que morre de ambos os lados” naquela província angolana. O governante angolano classificou ainda aqueles que reclamam a existência de um conflito armado no enclave como “pessoas mal intencionadas”. “Morre-se em todo o mundo. Morre gente no Huambo, morre gente no Cunene e em todas as províncias de Angola. Se formos ver a estatística, podemos ver que em várias províncias morre mais gente do que em Cabinda”, salientou Bento Bembe. Segundo o ministro, o que se passa em Cabinda não é “exactamente” uma guerrilha. “Eu, nascido em Cabinda e alguém que já fez guerra em Cabinda, tenho uma experiência da guerra que data de 30 anos. Aqueles que ainda falam da existência de guerra de guerrilha em Cabinda, muitos deles não fizeram a guerra e não a entendem e nem podem definir a própria palavra guerra em si”, acrescentou. “O que existe em Cabinda são actos de banditismo de pessoas que pensam que por essa via estão a pressionar o Governo para se poderem valorizar e nessa altura apresentar as suas reivindicações”, afirmou. Bento Bembe explicou que o Governo angolano aceitou o diálogo há algum tempo e, na qualidade de presidente do Fórum Cabindês para Diálogo (FCD), recordou que foi dada oportunidade a todos os cabindenses para “abraçarem o processo de paz que alguns hesitaram integrar”. “Todos foram convidados e tenho testemunhos de pessoas que fizeram digressões para poderem contactar toda a gente, mesmo nos países vizinhos, a fim de poderem integrar o processo”, referiu.Bento Bembe acusou “aqueles que não acataram tal disponibilidade do Executivo” de falta de “pensamento político e senso de responsabilidade”, por serem pessoas que enveredaram no caminho da política “sem estarem à altura de compreender a época em que vivem”.“Todos nós lutamos para a independência de Cabinda, mas é preciso compreender que as coisas mudam e os contextos também”, disse. “E fico muito triste quando alguém que acompanhou bem a evolução da própria guerra de Cabinda, a trajectória da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) e todas as vicissitudes que esse movimento veio a conhecer, não tenha percebido que era uma aventura continuar a privilegiar a guerra”, disse Bento Bembe. Questionado sobre a pena de prisão de 12 anos aplicada a Fernando Lelo, por prática de crime contra a segurança do Estado e instigação à rebelião armada, o ministro Sem Pasta disse que é um dossier do qual se irá inteirar dentro de algum tempo. A Nzita Tiago, o presidente do FCD deixou o seguinte recado: “Que tenha calma e que deixe as coisas em Cabinda evoluírem como até agora”. “Nzita Tiago está ultrapassado no tempo e no espaço”, concluiu Bento Bembe.

Novo Governo " Plano Nacional "

O Governo deverá preparar e aprovar o Plano Nacional e o Orçamento Geral do Estado e remeter à Assembleia Nacional até ao dia 31 de Outubro, para aprovação final, com vista a sua implementação, a partir do dia 1 de Janeiro de 2009, anunciou sexta-feira, em Luanda, o Presidente da República. Discursando na cerimónia de empossamento dos ministros e secretários de Estado, nomeados quarta-feira, o Chefe de Estado disse ser necessária a criação de um clima propício para a implementação do programa, “através de acções que sirvam para consolidar a paz, manter a estabilidade política e reforçar a democracia”. Defendeu a discussão de alguns assuntos com os cidadãos destinatários da acção do Governo e com organizações da sociedade civil, bem como o diálogo e concertação regulares com os parceiros sociais (empregadores e centrais sindicais), para garantir a participação organizada no tratamento das questões, o reforçar a compreensão e a estabilidade política. “A estabilidade macroeconómica e a criação de condições para assegurar um crescimento económico sustentado, com uma percentagem de dois dígitos em relação ao PIB são ambições que devem mover o Governo e, em particular, a sua equipa económica”, referiu. Segundo o Presidente da República, para tal, deve ser feita uma gestão correcta da política monetária, fiscal e de rendimentos e preços, para provocar a queda da inflação, que deve atingir os treze porcento no fim do ano, e situá-la de modo sustentável abaixo dos dez porcento no futuro. Declarou que se deve também restabelecer a “verdade” sobre os preços na economia, criar incentivos ao investimento e definir uma política de crédito e de fomento que favoreça o surgimento de um grande número de micro, pequenas e médias empresas, como fontes geradoras de bens essenciais de consumo e de postos de trabalho. Disse ser preciso definir a estratégia e política para o controlo e gestão da dívida pública interna e externa, cuja execução deve ser apreciada periodicamente pelos órgãos colegiais do Governo, tal como a evolução e aplicação das reservas financeiras do Estado. Falou da necessidade de se fazer o balanço do grau de implementação de um “vasto” programa de reabilitação, construção e desenvolvimento de infra-estruturas, iniciado há três anos, e perspectivar as intervenções subsequentes. Para José Eduardo dos Santos, “em primeiro lugar será necessário prever no O.G.E. os recursos para assegurar a manutenção e funcionamento normal dos empreendimentos concluídos e depois recorrer as fontes próprias e alheias, financiar a continuação dos projectos de reconstrução, modernização e ampliação de infra-estruturas de grande dimensão, que na economia jogam um papel estruturante. A título de exemplo, mencionou os grandes empreendimentos nos domínios da Energia e Águas, os Caminhos de Ferro de Benguela e de Moçâmedes e os portos do Lobito, Namibe e de Luanda, assim como o novo Aeroporto Internacional, rentabilizando a gestão estes na base dos respectivos estudos de viabilidade económica e, por outro lado, a rentabilização da rede fundamental de estradas e pontes. Informou que ao longo das vias principais, secundárias e terciárias está estruturada a rede de aglomerados populacionais, como as cidades, vilas, aldeias e povoações, podendo ser mais ou menos densa em função da vocação económica das regiões e localidades e dos empreendimentos industriais e agro-pecuários outrora existentes. O Chefe de Estado sublinhou que o programa do Governo, em execução, prevê o surgimento de novos empreendimentos económicos de grande envergadura e a criação de pólos industriais, perímetros irrigados, zonas económicas especiais de desenvolvimento e a valorização dos recursos naturais no contexto de uma economia integrada e auto sustentada, tendo em atenção a preservação do meio ambiente. Ao sector que se ocupa do Ordenamento do Território, orienta que esteja atento a essa evolução e estude as directrizes de Planeamento que permitam definir o restabelecimento do património herdado, harmonizadas com as novas perspectivas de distribuição espacial racional das forças produtivas e do processo de reordenamento rural. José Eduardo dos Santos afirmou que os resultados das eleições de 5 e 6 de Setembro, ganhas com maioria qualificada pelo MPLA, cessa a vigência do programa que estava em execução, em conformidade com os resultados das eleições de 1992 e com o Protocolo de Lusaka de 1994, de que emanou mais tarde o Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN), formado em Abril de 1997. Sublinhou a forma maciça, ordeira e responsável como os angolanos se dirigiram as urnas e votaram livremente no partido da sua preferência, adiantando que “é grande a expectativa dos angolanos e comunidade internacional, criada pelo conteúdo da mensagem do MPLA, pelo compromisso de continuar com sucesso o seu programa de governo.
Agradeceu o Primeiro Ministro por ter aceite a nobre missão que lhe foi confiada, enaltecendo as suas qualidades pessoais, o seu perfil profissional e académico, bem como a experiência que acumulou noutros cargos que já ocupou,e que dão a garantia de que desempenhará com êxito as suas funções. O seu apreço foi extensivo aos Ministros e Secretários de Estado empossados.